sábado, 16 de fevereiro de 2013

A Galinha dos Ovos de Ouro




Certa manhã, um fazendeiro descobriu que sua galinha tinha posto um ovo de ouro. Apanhou o ovo, correu para casa, mostrou-o à mulher, dizendo:

_ Veja! Estamos ricos!

Levou o ovo ao mercado e vendeu-o por um bom preço.

Na manhã seguinte, a galinha pôs outro ovo de ouro, que o fazendeiro vendeu a melhor preço. E assim aconteceu durante muitos dias. Mas, quanto mais rico ficava o fazendeiro, mais dinheiro queria. E pensou:

"Se esta galinha põe ovos de ouro, dentro dela deve haver um tesouro!"

Matou a galinha e, por dentro, ela era igual a qualquer outra.

Moral: Quem tudo quer tudo perde


Esopo

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013




"Mais vale um ovo hoje que uma galinha amanhã."

 Provérbio Português



Ser carioca é gostar de ovo frito em cima de qualquer prato.
Carlos Heitor Cony



"Galinha que muito canta poucos ovos põe."

 Provérbio Português


"Ovo assado, meio ovo; ovo cozido, ovo inteiro; ovo frito, ovo e meio."
Provérbio português

terça-feira, 22 de janeiro de 2013




Quando o galo perder o horário...
acabou-se as esperanças.


Marcelo Leite.

Por que o galo canta ao amanhecer?





Quando nasce o dia, ele canta bem alto para avisar ao galinheiro que continua vivo e no comando. O canto tem a função de assustar eventuais desafiantes e foi a forma que ele encontrou para controlar seu território. O galinheiro tem somente um galo porque se tivesse dois, apenas um sobreviveria à luta pela liderança.



Em casa que mulher manda até o galo canta fino.

Provérbio



O galo é o pai das manhãs.

M.M.Soriano



lavrando o campo:
do templo aos cumes
o canto do galo
Buson

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Experimentando a manhã dos galos




... poesias, a poesia é

- é como a boca
dos ventos
na harpa

nuvem
a comer na árvore
vazia que
desfolha a noite

raíz entrando
em orvalhos...

floresta que oculta
quem aparece
como quem fala
desaparece na boca

cigarra que estoura o
crepúsculo
que a contém

o beijo dos rios
aberto nos campos
espalmando em álacres
os pássaros

- e é livre
como um rumo
nem desconfiado...


Manoel de Barros

Suavíssima





 

Os galos cantam, no crepúsculo dormente ...
No céu de outono, anda um langor final de pluma
Que se desfaz por entre os dedos, vagamente ...

Os galos cantam, no crepúsculo dormente ...
Tudo se apaga, e se evapora, e perde, e esfuma ...

Fica-se longe, quase morta, como ausente ...
Sem ter certeza de ninguém ... de coisa alguma ...
Tem-se a impressão de estar bem doente, muito doente,

De um mal sem dor, que se não saiba nem resuma ...
E os galos cantam, no crepúsculo dormente ...

Os galos cantam, no crepúsculo dormente ...
A alma das flores, suave e tácita, perfuma
A solitude nebulosa e irreal do ambiente ...

Os galos cantam, no crepúsculo dormente ...
Tão para lá! ... No fim da tarde ... além da bruma...

E silenciosos, como alguém que se acostuma
A caminhar sobre penumbras, mansamente,
Meus sonhos surgem, frágeis, leves como espuma ...

Põem-se a tecer frases de amor, uma por uma ...
E os galos cantam, no crepúsculo dormente ...


Cecilia Meireles

Tecendo a Manhã


 


Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.


João Cabral de Melo Neto