quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O pintinho pródigo

Num certo viveiro,onde viviam muitas galinhas e pintinhos,

havia muita fartura de ração e alface.
Mas numa cria incomum de uma das galinhas, um dos ovos pulava como se o pintinho quisesse fugir antes do tempo.

Os dias se passaram até que chegou a hora dos pintinhos quebrarem seus ovos e vir ao mundo. Todos pintinhos saíram muito calmos, exceto um, o daquele ovo que pulava, que deu um grande suspiro e disse:


-Até que em fim saí desta prisão!


Este pintinho sempre chegava primeiro no coxo para comer,e comia tanto que o papo parecia que ia estourar. Arrumava encrenca com todos outros pintinhos e se achava o melhor de todos.


Certo dia ele começou a pensar:

"Porque eu tenho que ficar preso neste viveiro, eu quero mais liberdade, estou cansado das broncas de mamãe galinha!!!", e então fugiu pela fresta da cerca.

Os dias se passaram e o pintinho cresceu correndo dos gatos.

Perdeu muita pena, mas engordou com a fartura de minhocas que conseguia achar sozinho.

Até o dia que bateu a solidão e a lembrança da tranquilidade e segurança que tinha antes, e então resolveu voltar, pensando:

- "É só encontrar a mesma fresta que fugi".


Ao voltar , finalmente encontrou a fresta, mas uma surpresa, não podia entrar pois tinha crescido e ficou com o pescoço entalado, sem haver quem o ajudasse.Até que o barulho e o alvoroço das galinhas e o desespero de não poderem fazer nada chamou a atenção do dono do viveiro que rapidamente foi ver o que ocorria.


-Ora, ora, o que vemos um franguinho no jeito!

Eu ia mesmo fazer frango no almoço!


E aquele pintinho descontente,

foi o almoço do dia.


Moral : Não abandone aqueles que te amam, pois o tempo passa e você pode se tornar o prato das sombras tenebrosas que rodeiam os que amam o que você tem.

História enviada por Edimilson


Fonte

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A galinha cor-de-rosa
































Era uma galinha cor-de-rosa,

Metida a chique, toda orgulhosa,

Que detestava pisar no chão

Cheio de lama do galinheiro.



Ficava no alto do poleiro

E quando saía do lugar,

Batia as asas para voar.

Mas seus pés acabavam na lama.



Aí armava o maior chilique,

Cacarejava, bicava o galo,

E depois, com ar de rainha,

Lavava os pés numa pocinha.

Duda Machado

As penas da galinha
















Conta a história que uma senhora, certo dia, foi confessar-se e disse ao sacerdote que tinha difamado uma pessoa, mas estava arrependida de todas as difamações e calúnias. Queria o perdão de Deus e a penitência.

O padre disse à senhora:

– Você receberá o perdão, mas vou lhe dar uma penitência. Vá para casa, tome uma galinha, mate-a, tire as penas e coloque-as num saco, e depois traga as penas aqui para mim.

A senhora cumpriu a penitência: foi para casa, matou a galinha, tirou as penas e levou-as ao padre. E o padre disse:

– Você até agora cumpriu uma parte da penitência. Agora, gostaria que cumprisse a segunda parte. Vá à montanha mais alta que encontrar perto da cidade, e jogue as penas para o ar. Depois que o vento levar as penas para os quatro cantos da cidade, deve ter a paciência de recolhê-las, uma a uma.

A mulher, espantada com a penitência que o padre estava lhe dando, disse:

– Isso é impossível. Não conseguirei recolher todas as penas que o vento levar pelos quatro cantos da cidade.

O padre disse para a mulher:

– Minha senhora, assim são as calúnias e difamações. Quando você calunia uma pessoa, a calúnia se espalha por todos os cantos. E assim como é impossível recolher as penas, também é impossível recolher a propagação da maledicência e restaurar o bom nome de uma pessoa, quando alguém a difamou.