quinta-feira, 5 de novembro de 2009

As penas da galinha
















Conta a história que uma senhora, certo dia, foi confessar-se e disse ao sacerdote que tinha difamado uma pessoa, mas estava arrependida de todas as difamações e calúnias. Queria o perdão de Deus e a penitência.

O padre disse à senhora:

– Você receberá o perdão, mas vou lhe dar uma penitência. Vá para casa, tome uma galinha, mate-a, tire as penas e coloque-as num saco, e depois traga as penas aqui para mim.

A senhora cumpriu a penitência: foi para casa, matou a galinha, tirou as penas e levou-as ao padre. E o padre disse:

– Você até agora cumpriu uma parte da penitência. Agora, gostaria que cumprisse a segunda parte. Vá à montanha mais alta que encontrar perto da cidade, e jogue as penas para o ar. Depois que o vento levar as penas para os quatro cantos da cidade, deve ter a paciência de recolhê-las, uma a uma.

A mulher, espantada com a penitência que o padre estava lhe dando, disse:

– Isso é impossível. Não conseguirei recolher todas as penas que o vento levar pelos quatro cantos da cidade.

O padre disse para a mulher:

– Minha senhora, assim são as calúnias e difamações. Quando você calunia uma pessoa, a calúnia se espalha por todos os cantos. E assim como é impossível recolher as penas, também é impossível recolher a propagação da maledicência e restaurar o bom nome de uma pessoa, quando alguém a difamou.

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